sábado, 9 de junho de 2012

Benchmarking II: Compartilhar para ganhar



Somos atualmente aproximadamente 8 bilhões de pessoas, com sonhos e planos similares, buscando sempre o mais do mesmo. Nesse cenário, a competitividade ganha proporções gigantescas, sendo que qualquer ideia e qualquer diferencial deve ser bem guardado e não mostrado aos concorrentes players, de um indústria, comercio ou até mesmo na esfera de vida pessoal, certo? Esse artigo tentará mostra que não, que quando maior o compartilhamento de informações num ambiente micro ou macro, maior o ganho individual e coletivo.


A ideia de vantagem competitiva leva a um dilema: compartilha-la ou escondê-la do mercado e concorrência. Para isso levantarei dois economistas que são uns dos pilares da teoria econômica: Adam Smith e John Nash.

Adams Smith em seu famoso livro “A riqueza das nações” afirma que a concorrência é um dos principais pilares do capitalismo. Através do egoísmo das pessoas, uma mão invisível conduziria o bem estar da sociedade: "Assim, o mercador ou comerciante, movido apenas pelo seu próprio interesse egoísta (self-interest), é levado por uma mão invisível a promover algo que nunca fez parte do interesse dele: o bem-estar da sociedade."

John Nash irá revolucionar a economia apontando não a concorrência como o principal pilar do capitalismo, mas sim a solidariedade:  através da teoria dos jogos ele afirma que a cooperação entre os players leva ao desenvolvimento. Ou seja, no mundo corporativo não pode haver jogos de soma zero, onde um perde para o outro ganhar, e sim a busca de que todos ganhem: clientes, fornecedores e até concorrentes (desde que não seja prejudicial a empresa a longo prazo).

No mundo atual, principalmente devido não só as empresas, mas a sociedade também estar cada vez mais estruturada em redes complexas, ganha-se força a ideia de compartilhamento de informações conduzir cada vez mais o desenvolvimento de setores e indivíduos. Aí entra a força do benchmarking, como uma força de comparação de boas práticas de mercado.

O fato é que muitas vezes as pessoas fazem benchmarking sem planejamento, sem saber o objetivo dessa ‘patrulha’ e começam a coletar tudo sem sentido. Muitas vezes também já existe benchmarking  setoriais, feitos em associações de classe, mídia no geral ou especializada, e o profissional de IM faz esse benchmarking desnecessariamente.  É sempre bom antes de realizar a coleta primária ter secado todas as fontes de dados secundários. Lembrando sempre a importância da fase  da coleta afinal, uma boa análise necessita de bons dados coletados, e o benchmarking eficiente fornece tais dados.

Assim, acredito que disponibilizar informações de um empresa desse modo a fazer um benchmarking é compartilhar para ganhar. É muito importante não só sua empresa estar fortalecida como seu setor também. Só os fracos tem medo de competição. Quem se fecha em si mesmo, se fecha para o mundo, é ultrapassado e fica atrás. Um exemplo disso é Kodak, que mesmo sendo quem inventou a máquina digital, não prosseguiu com tal invenção e faliu. Resta saber o que queremos para nós mesmos e para as empresas?

Leia também a Parte I desse artigo: Benchmarking I: “Nada se cria, tudo se copia" ~ Chacrinha

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